domingo, 27 de maio de 2007

Imaculada


Para ouvir repetidamente até cansar todas as lagrimas que teimam em dançar do lado de fora...


Meu castelo é a casa da fazenda onde teço minha lenda
Sei, meu príncipe virá
Nesse sonho bom que me alimenta a espera é menos lenta
Se o desejo delirar
Eu prefiro assim pois com essas feras
Domo a fera que há em mim
É Imaculada, a semente do prazer rosa ardente por florescer
A criança deixa o paraíso ,fadas, córregos, sorrisos...
A pureza virginal
Planta no seu seio adolescente a maçã e a serpente
Do pecado original
Quero ser mulher no lugar e hora
Que meu príncipe quiser
E assim conquistada pela espada do querer
Continuo a ser Imaculada
Elba Ramalho

Dragões e contos de fadas


Desenhei uma flor...querias um bosque encantado. Pintei um sol e deste-lhe cores radiantes. Coloriste um rio imenso e eu, sobre ele, desenhei uma ponte que nos unia e tornava num só. Tracei um caminho e, pela mão, guiaste-me por um atalho.
Perdida, esbocei o castelo onde queria me abrigar...me escondi na torre mais alta, guardada pelos dragões que habitavam o bosque.
Deixaste-me de olhar pregado na nossa ponte, esperando ver-te voltar.
Nunca voltaste...
Fechei o livro de contos e adormeci.

Caixinha de fósforos


Andava no escuro....
Sempre no escuro....
No bolso, trazia apenas uma pequena caixa de fósforos que chamava de refugio; que acendia quando queria conhecer as cores dos cheiros que sentia, dos sabores que provava e das formas que conhecia; que lhe serviam para um dia reconhecer aquele que seria o seu caminho...
Nunca quis contar os fósforos.
Pensou várias em fazê-lo, porém, inquietava-lhe a ideia de conhecer as hipoteses que lhe sobravam.
Decidiu viver cada dia...
Guiando-se por cheiros e sons, parou numa rua com a certeza de que aquele era um sitio bonito. Sentia-se bem ali...
Quando acendeu um dos preciosos fósforos, os olhos cheios de lagrimas não deixaram ver outra coisa senão a parede que tinha à frente.
Afinal, aquele não era um caminho...era um beco.
Triste, voltou ao trilho que conhecia como a palma da mão...sabia que ali não se ia magoar, sabia que não tropeçava, sabia também que naquele caminho não encontraria cheiros ou sabores...sabia que não era por ali, mas não sabia quantas vezes mais podia sair de lá.

A tua primeira carta...


Era uma vez uma princesa, em tudo igual às outras princesas dos contos... ...acreditava desde menina que as pessoas nasciam já casadas e que, por isso, reconheceria de imediato o dono do seu coração quando o encontrasse.

Cresceu e conheceu um rapaz lindo...era o seu príncipe...tinha a certeza! Leu tudo sobre almas gémeas, karmas, dharmas, vidas passadas...tudo lhe servia para confirmar que ia ter, só para ela, um daqueles finais felizes - em tudo igual às outras princesas dos contos.

O final feliz não aconteceu.

Num dia triste de chuva, separarou-se dele...nunca percebeu bem porque o fez; não percebeu que o que fez, nunca ía ter volta... nenhum rio passa duas vezes por baixo da mesma ponte...

(E pronto, esta é aquela parte da história em que a princesa continua a vida...diverte-se muito, conhece muita gente, muitos rapazes giros, descobre muitas almas gémeas, mas, nunca deixa de acreditar que as pessoas nascem casadas...e nunca deixa de pensar que pode ter deixado o seu "prometido" antes do tempo) ....

De repente, a princesa - que se fechava na torre mais alta todas as noites - começou a encontrar cartas debaixo da almofada...cartas que não sabia de quem eram mas que lhe faziam bater o coraçãozinho de uma maneira especial...de uma forma que nenhum dos rapazes que conheceu até aí conseguiu. Sabia que era pela diferença, pelo mistério, pelo desconhecido e não acreditava em filosofias e amores platónicos - ela era mais fisica e quimica - mas não conseguia deixar de ouvir o coraçãozinho a bater...

...E agora a princesa está cheia de vontade de deixar a torre e sentar-se à porta dos correios e sair de lá apenas quando lhe revelarem quem é o remetente das cartas que a apaixonaram...


(autor desconhecido)

tenham um bom dia..!!!


AmOr..!!


imagem..


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Doaçao.!


"O coração do palhaço é uma flor e o palhaço nasceu para doar essa flor para o mundo!"

Dialogo do coração..!!



O Pierrot:
Nossa como me consome essa dor,
Que sofrimento, raiva, ódio, amor,tesão, paixão, e solidão...
O Coração:
Pois é meu caro, assim é a vida, bem
vindo ao mundo real...

O Pierrot:
Não gostei desse mundo quero vingança
quero carinho, quero amor, quero sexo !

O Coração:
Calma meu nobre palhaço, você esta
confundindo os seus sentimentos... Pense
bem no que você quer.

O Pierrot:
Cale – te a boca desgraçado por causa de
você sofro a angustia que me leva para
as sombras a qual sou condenado por
indiferença alheia.

O Coração:
Não fale assim não seja tão radical todos
erramos e todos merecem uma segunda chance
ate você tolo palhaço.

O Pierrot:
Quero morrer, quero acabar com a angustia.
que me consome aos poucos, e me condena a
sofrer o que não mereço...

O Coração:
Cale-se infeliz! Pensando assim não
resistirei muito tempo...

O Pierrot:

Desculpe meu podre companheiro
se as lagrimas que derramo escorem
por você e te consomem assim como
meu amor consome a minha alma...

O Coração:
Cuidado meu caro não estarei aqui para sempre...

O Pierrot:
Mas é mais difícil do que parece companheiro
Perdoe-me amigo.. amigo? amigo?

O Coração não respondeu mais.