sexta-feira, 13 de julho de 2007

Se eu morrer amanhã


Se eu morrer amanhã
quero te ter hoje,
te conhecere
te amar.
Quero levar de ti,
os beijos que não troquei,
as carícias que não tive,
os abraços que não dei.
As madrugadas que não vivi,
a cama vazia em que acordei,
sentindo-te contra mim,
procurando sem te achar,
pois não estavas ali.
Estava a te procurar tanto
que passei pela vida e não te vi.
As lágrimas que verti,
os olhos cansados olhando o infinito,
e vendo só a ti.
Se eu morrer amanhã,
quero a certeza que te tive um dia,
para poder contar aonde for que foste meu uma vez,
Amando-te desta maneira,
passei pela vida e nada vi,
pois só via a ti.
Nada mais procurava, nem a ti achava...
Na minha loucura de te amar, perdi a noção do tempo.
Te perdi dentro de mim, pois nunca o tive.
E, continuando essa busca, se eu morrer amanhã,
serei feliz!
Te procurei, não te encontrei
Mas te amei!
Eda Carneiro da Rocha

Máscara...


Quem de nós tem a coragem
de aceitar a sua imagem,
aquela imagem sem graça,
sem rasgos, imagem baça
que o espelho teima em reflectir?

Quem de nós tem a ousadia,
no viver do dia a dia,
de retirar a mordaça
gritando ao vento que passa
o seu interno sentir?

Quem deixa cair a máscara?
Fantasia construída
de cada um para si.
Máscara de Rei, de Profeta,
de intelectual, de poeta,
de homem muito importante
que não esquece a cada instante
o gesto, o sorrir conveniente,
a vénia subserviente,
que nunca o desmascara.

Quem deixa cair a máscara?

imagem


Algodão Doce

Doce Algodão

Que eu não sofra mais a dor da separação!