
segunda-feira, 23 de julho de 2007
No caminho com Maiakovski

Na segunda noite, já não se escondem, pisam as flores, matam nosso cão. E não dizemos nada.
Até que um dia, o mais frágil deles, entra sozinho em nossa casa, rouba-nos a lua, e, conhecendo nosso medo, arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.

E por temor eu me calo, por temor aceito a condiçãode falso democrata e rotulo meus gestos com a palavra liberdade, procurando, num sorriso, esconder minha dor diante de meus superiores. Mas dentro de mim,com a potência de um milhão de vozes, o coração grita - MENTIRA!
(Eduardo Alves da Costa)
O QUE É O AMOR?

Havia muitas crianças na sala de aula.
Uma delas questionou:
- Professora, o que é o amor?
A professora entendeu que a criança merecia resposta à altura da pergunta inteligente.
Como já estava na hora do recreio, pediu para que cada aluno desse uma volta pelo pátio da escola e trouxesse o que mais despertasse nele o sentimento de amor.
As crianças saíram apressadas.
Quando voltaram, a professora lhes pediu:
- Quero que cada um mostre o que trouxe consigo.
- Eu trouxe esta flor, não é linda? disse a primeira criança.
- Eu trouxe esta borboleta. Veja o colorido de suas asas, vou colocá-la em minha coleção; argumentou a segunda.
- Eu trouxe este filhote de passarinho. Ele havia caído do ninho junto com outro irmão. Não é uma gracinha? ; comentou o terceiro aluno.
E, assim, as crianças foram apresentando seus argumentos. Terminada a exposição, a professora notou que uma criança se mantivera calada todo o tempo.
Estava vermelha de vergonha, porque nada havia trazido. A professora se dirigiu a ela e perguntou:
-Meu bem, por que você nada trouxe?
E a criança timidamente respondeu:
- Desculpe, professora. Vi a flor e senti o seu perfume. Pensei em arrancá-la, mas preferi deixá-la para que seu perfume exalasse por mais tempo. Vi também a borboleta, leve, colorida! Ela parecia tão feliz que não tive coragem de aprisioná-la. Vi também o passarinho caído entre as folhas, mas, ao subir na árvore, notei o olhar triste de sua mãe e preferi devolvê-lo ao ninho. Portanto professora, trago comigo o perfume da flor, a sensação de liberdade da borboleta e a gratidão que senti nos olhos da mãe do passarinho. Como posso mostrar o que trouxe?
A professora agradeceu à criança e lhe deu nota máxima, pois fora a única a perceber que só podemos trazer o amor no coração.
Menina sorrindo e mulher amando ou menina amando e mulher sorrindo...

Sob as asas que seus braços se tornaram,
quero descansar minha indecisão
Fechar os olhos e ainda sim continuar a ver
o teu sorriso transbordando paz,
Diante de toda escuridão que possa vir a me cercar,
quero a luz dos teus olhos
Sempre vigiando o meu caminho, iluminando o meu pensar
com ternura e atenção
Cada fio de cabelo seja um fio de esperança,
pois que sejam incontáveis
E assim saberei que diante de ti
ou em teu coração jamais habitará a solidão.
Teus lábios sejam guias, seja a voz que orienta
e alimenta a minha alma cansada
Que saibam reger com destreza
as minhas ações erradas, corrigindo com amor.
Não há expressão, não existem palavras,
não existe nada que possa expressar
O quanto a sua existência me deixa confuso,
mas uma confusão que me faz decidir.
Decidir pela vida, pelo amor, optar pela felicidade,
abrir o coração para a realidade.
(Desconheço autoria)
imagem

Incrível é que, após mais de cem anos, ainda nos encontremos tão desamparados, inertes, e submetidos aos caprichos da ruína moral dos poderes governantes, que vampirizam o erário, aniquilam as instituições, e deixam aos cidadãos os ossos roídos e o direito ao silêncio porque a palavra, há muito se tornou inútil…
- até quando?...
- até quando?...
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