quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Meu amor, pequeno grande amor...


Doce é perder -me na teia de teu abraço...
Envolver-me na magia deste enlace...
Deixar passar o tempo, sem pensar,
Se haverá amanhã ou tudo acabe...
Bom é mergulhar nos teus olhos.
Ser como pássaro a voar no infinito
A sentir as sensações tão amadas,
Quando estou em teus braços...
Feliz eu sou, por ter cessado o passo
Que buscava o amor que em ti encontrei...
Por isso os versos que ora faço,
Há de salmodiar tudo, bela grei...
Amor que se fez em puro gozo...
Em poesia se fez, maravilhoso!
Encontro tal fartura em nosso amor
Que nada me calou nem calará,
O passo que se deu, encantador,
Em cada novo verso tomará
Deixando um rastro belo e sedutor
Na chama de teus olhos brilhará.
No passo em que perfaço o bom caminho,
Andanças divinais eu imagino,
Um pássaro liberto busca o ninho,
Soltando em alegria o doce trino,
Amar é com certeza ter do vinho
Que faz inebriante o meu destino.
No amor sabedoria salomônica,
Na busca de uma vida pura, harmônica...
ANA MARIA GAZZANEO

Explicando o que Camoes não explicou...



Amor é fogo que arde sem se ver, (Amor é gelo seco..)
É ferida que dói, e não se sente; (Mão dormente...)
É um contentamento descontente, (Comer chocolate...)
É dor que desatina sem doer. (Câimbra...)
É um não querer mais que bem querer; (Amor paterno...)
É um andar solitário entre a gente; (É espírito...)
É nunca contentar-se de contente; (É ninfomaníaco...)
É um cuidar que ganha em se perder. (É investimento na bolsa de valores...)
É querer estar preso por vontade; (É masoquista...)
É servir a quem vence, o vencedor; (É soldado...)
É ter com quem nos mata, lealdade. (É samurai...)
Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor?(Por ser dualista é onda e por isso difrata e é partícula e por isso arranca outras partículas...)

Bruno Pondé

Rajadas de Vento

É!... O tempo mudou:
o sol se ocultou e, a leve brisa da primavera, carregou.
Que vento! Lá fora e aqui dentro noite se fez.
Quem sou eu da minha pequenez, dividir com o vento minhas quimeras?!
Desfez o perfume das flores e trouxe o cheiro doce da terra molhada.
Faz-me descobrir breve, pura e limpa.
Que rajada! Carrega minhas dores e deixa em mim uma leve e profunda sensação de poder... de poder sentir as rajadas do vento... fora e dentro!
( Desconheço o Autor )