sexta-feira, 9 de novembro de 2007

ultimo post


É pessoas...

Esse blog está sendo finalizado..

Agradeço pelas visitas..

bjos



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ENDEREÇO AO LADO...


segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Você

Quando vi você, alguma coisa mudou, não sei se foi por fora ou por dentro, não sei se foi bom, se foi ruim, os nossos relances de olhares, sorrisos trocados, a brincadeira de sedução, coisas simples diariamente me lembram você.Quando você passava por mim, e eu sentia eu cheiro, sua respiração, por brincadeira do destino você começo a fazer parte da minha vida, e juntos com isso um novo sentimento ele me apresentou, algo que jamais eu tive por outras pessoas, ou melhor... já tive, mas não que durasse e fosse tão forte como é por você.

BY Anna Rafaella

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

.............


Frio. Vento. Música.
O mundo engole as palavras.O amor grita.
Sua voz é rouca, sai fraca, mas grita.
Sangra. Cospe o coração.
Pega e examina.
Não vê nada.
O que sente o coração?
Decidiu abri-lo para ver o que tinha dentro.
Pegou a chave que estava no bolso esquerdo.
Abre o cadeado e se depara com uma escada bem escura.T
oma coragem.
Precisa de fogo. Acende uma vela.
Fogo. Luz. Desce. Frio. Vento.
Uma musica toca de longe.
Um som leve de tambor misturado com o suave som de violinos.
Escuridão. O vento apagou a vela.
Tateia. Busca. Não pode seguir seu coração.
Deita no chão.
Esta perdido.
Desiste e fecha os olhos na escuridão. Sente o corpo leve.
Começa a flutuar.
Seu corpo sobe.
Sobe.
Sobe.
Encostam com a parte de cima, rosto, dedos, joelhos, pontas dos pés, em uma superfície.
Gosmenta. Pegajosa. Tateia.
Encontra uma corda que dá em um buraco.
Consegue se desvencilhar da substancia que esta grudada em seu corpo.
Sobe.
Sobe.
Sobe.
Som. Forte. Alto. Tambor. Tum.Tum.
Ensurdecedor.
A corda arrebenta. Consegue segurar.
Em uma mão. A mão agarra a sua e puxa.
Consegue subir.
Pergunta quem esta ali, mas sua voz não sai.
Esta completamente mudo.
Tateia.
A mão sai da parede.
Uma parede impenetrável.
Descobre outras mãos.
Ninguém fala.
Só há mãos e o som do tambor.
Entrega-se de vez ao cansaço.
Encosta. Na parede. As mãos o agarra e o suga para dentro da superfície dura.
Tenta escapar. È engolido. Tenta escapar
.Escapar. Sua mão consegue.
Ele não.
Descobre.
O segredo do coração.
( Daniela Dionísio)

Quando eu ti encontrar


Eu já sei o que meus olhos vão querer
Quando eu te encontrar
Impedidos de te ver
Vão querer chorar
Um riso incontido
Perdido em algum lugar
Felicidade que transborda
Parece não querer parar
Não quer parar
Não vai parar
Eu já sei o que os meus lábios vão querer
Quando eu te encontrar
Molhados de prazer
Vão querer beijar
O que na vida não se cansa
De se apresentar
Por ser lugar comum
Deixamos de extravasar
De demonstrar
Nunca me disseram
O que devo fazer
Quando a saudade acorda
A beleza que faz sofrer
Nunca me disseram
Como devo proceder
Chorar, beijar, te abraçar
É isso que quero fazer
Isso que que quero dizer
Eu já sei o que os meu braços vão querer
Quando eu te encontrar
Na forma de um "C"
Vão te abraçar
Um abraço apertado
Pra você não escapar
Se você foge me faz crer
Que o mundo pode acabar (vai acabar)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Estigmatizados


Se por acaso ao chegar da noite eu desistir de você saiba que eu estarei desistindo de mim
Se lutarmos pela verdade, poderemos ficar juntos
Os deuses não deveriam me prender aqui, nesse universo paralelo ao seu
Não deveriam me manter longe de você
Não me provoque, estendendo sua mãoe recolhendo ela em seguida
Me deixe, ou me aceite como eu sou
Vamos viver nossas vidas, estigmatizadas
Eu sinto o sangue em minhas veias correr, sinto meu corpo estremecer apenas pelo som da sua voz
Hora após hora dia após dia
Estamos vivendo nossas vidas de maneiras diferentes
Mas de alguma forma eu e você continuamos ligados e juntos
De uma estigmatizada
Viveremos nossas vidas, cairemos e levantaremos todos os dias
Eu acredito em você
Mesmo que ninguém entenda
Eu acredito em você, e não dou a mínima
Se estamos estigmatizados


By Anna Rafaella

terça-feira, 16 de outubro de 2007

O GÊNIO DA NOITE


Noturno guardião dos sonhos
Quando o sono encerra o canto
E o lamento,
Transforma a dor e o pranto
Em esquecimento.
Tu que vestes de estrelas
O pano da noite
E conduz
Nesse infinito espaço,
O ventre imenso
Da lua,
Em seu altar de prata.
Dos teus negros olhos,
Nascem a aurora,
Como a esperança
Que rompe com seus braços de sol
A escuridão.
E do teu absoluto breu,
Gênio da noite,
Permites que surjam
Os primeiros anjos
Em suas vestes.
E de suas mãos
Surgem mandalas
E de seus dedos
Prelúdios
Nas cores do dia,
E há desejos
Nos olhos incendiados
Da manhã.
Isabor Navarro

Platonica


É por nada saber
Que tanto sei.
Que a esperança
É branca, cega,
Bandeira que se embala
Fustigada pelo vento
É vela
Desenhada na aquarela
De um oceano.
Não procuro a verdade
Sigo as setas do destino,
Caminho improvável
Da felicidade,
Onde arde o desejo
Como um lume
Aceso ao peito,
Flor de carne.
Eu quero o amor
O inconcebível ato de amor
Entre os astros separados,
Essa imagem
A platônica mensagem,
O beijo do sol
No ventre da lua,
A eterna procura
Dos teus olhos
Como tochas
Na madrugada
Do meu corpo
,E as tuas mãos fantasmas
Em minha alma nua.

Eugénio de Andrade


"Olhos postos na terra

tu virás, no ritmo da própria primavera

e como as flores e os animais

abrírás as mãos de quem te espera."


Eugénio de Andrade

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

"Sintaxe à vontade"


" ... todo sujeito é livre para conjugar o verbo que quiser
todo verbo é livre para ser direto ou indireto
nenhum predicado será prejudicado
nem tampouco a vírgula, nem a crase nem a frase e
ponto final!
afinal, a má gramática da vida nos põe entre pausas,
entre vírgulas
e estar entre vírgulas é aposto
e eu aposto o oposto que vou cativar a todos
sendo apenas um sujeito simples



...um sujeito e sua oração
sua pressa e sua prece
que a regência da paz sirva a todos nós... cegos ou
não
que enxerguemos o fato
de termos acessórios para nossa oração
separados ou adjuntos, nominais ou não
façamos parte do contexto da crônica
e de todas as capas de edição especial
sejamos também o anúncio da contra-capa
mas ser a capa e ser contra-capa
é a beleza da contradição...



...é a beleza da contradição
é negar a si mesmo
e negar a si mesmo
é muitas vezes, encontrar-se com Deus
com o teu Deus
Sem horas e sem dores
Que nesse encontro que acontece agora
cada um possa se encontrar no outro
até porque...
tem horas que a gente se pergunta...
por que é que não se junta
tudo numa coisa só?..."


O teatro magico

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

O amor que se perdeu!!

Ah! Sorte traiçoeira porque não trouxeste meu amor
Na calda de um cometa ou numa pétala de flor...
Contemplava as estrelas até o dia amanhecer
Procurava nos jardins até o entardecer...
Fui p’ra ponta do arco-íris esperando meu amado
Ele foi se dissolvendo ficando o céu azulado...
E eu triste aqui fiquei sem saber o que pensar
Até que a chuva caiu e começou a me molhar...
Esperançosa na praia, pisando na areia macia
Esperei inutilmente... a maré não o trazia...
Sentei-me na areia morna olhando as ondas bater
Finalmente fui embora por nada poder fazer...
Banhei-me na cachoeira olhando as águas frondosas
Solitária eu fiquei aguardando por respostas..
.Nada havia que fizesse meu amor aparecer
Voltei p’ra casa tristonha e agora tento esquecer...
Já tive outros amores, mas não o que eu desejava...
Ele nunca apareceu nos caminhos que eu andava...
Companheiro, amante, amigo que soubesse me entender...
Será que esse amor existe...?
Ninguém, até agora, soube me responder...!

Vanda Dias da Cruz

Traição


Não me amava de verdade


Fui à última a saber


Traia-me sem remorso


E eu sem nada perceber
A vida com seus mistérios


Acaba nos revelando


Por acaso ou por maldade...


Mas o coração ficou sangrando.
Cansei de tanto chorar


Por sua ingratidão


Até posso perdoar...Porém sem mais ilusão...



Fica cada vez mais difícil


Pensar em sinceridade...


Agora não mais consigo


Acreditar em lealdade.



Vanda Dias da Cruz


Imagem


Catedral


Se um de nós errou sem ter como
Saber que tudo que podia então viver
Não foi miragem nem uma ilusão comum
Bobagem
Se um de nós errou em ter que negar
Tudo que sentia preso no olhar
Faltou coragem uma atitude de verdade
Deixa eu te ver destranque a porta
Nosso sentimento é o que importa
Pra você eu dei minha resposta
Meu desejo, meu desejo.
Deixa de mistério e vem sem medo
Vou te revelar os meus segredos
Matar a saudade do teu beijo
Vem responde, meu desejo.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Amar…


Amar… é uma ocasião sublime para o indivíduo amadurecer, tornar-se algo em si mesmo, tornar-se um mundo para si, por causa de um outro ser; é uma grande e ilimitada exigência que se lhe faz, uma escolha para longe.
Rainer Maria Rilke


"Já não me importo"


"Já não me importo"
Já não me importo até com o que amo ou creio amar. Sou um navio que chegou a um porto e cujo movimento é ali estar. Nada me resta do que quis ou achei. Cheguei da festa, como fui para lá ou ainda irei Indiferente a quem sou ou suponho que mal sou, fito a gente que me rodeia e sempre rodeou, com um olhar que, sem o poder ver,sei que é sem ar de olhar a valer. E só me não cansa o que a brisa me traz de súbita mudança no que nada me faz.
(Fernando Pessoa)


"Lucidez perigosa"


Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior que eu mesma, e não me alcanço. Além do que: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano - já me aconteceu antes. Pois sei que - em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade - essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.
(Clarice Lispector)


''Tabacaria"



Que sei eu do que serei, eu que não sei o que sou? Ser o que penso? Mas penso tanta coisa! E há tantos que pensam ser a mesma coisa que não pode haver tantos! Gênio? Neste momento cem mil cérebros se concebem em sonho gênios como eu, e a história não marcará, quem sabe? Nem um, nem haverá senão estrume de tantas conquistas futuras. Não, não creio em mim. Em todos os manicômios há doidos malucos com tantas certezas! Eu, que não tenho nenhuma certeza, sou mais certo ou menos certo? Não, nem em mim(...)".
(Álvaro de Campos)

segunda-feira, 1 de outubro de 2007


Quando se ama, não é preciso entender o que acontece lá fora, porque tudo passa a acontecer dentro de nós. (Paulo Coelho)

rasgam-se vozes dentro do vento de papel. despedaçam-se as caixas de gente empacotada, corroem-se as esperanças sugadas e novamente inventadas, soltam-se os vazios de insanidade mental entre as vias de terra seca. há sangue na terra que não me pertence. há fantasmas a descascarem-me a alma, vidros que se quebram entre soluços de maldição. segundos que se pintam na força que não encontro em mim.

Em algum lugar do arco-íris


Em algum lugar sobre o arco-íris, lá bem no alto estão os sonhos que você sonhou uma vez em um lual.

Em algum lugar sobre o arco-íris, onde pássaros azuis voam os sonhos que você sonhou, esses sonhos realmente se tornam realidade.

Um dia farei um desejo à uma estrela, de acordar onde as nuvens ficaram para trás, onde os problemas se derretem como gotas de limão...

Bem acima das pontas das chaminés, é onde me encontrará...

Em algum lugar sobre o arco-íris, muitos pássaros azuis voam

E os sonhos que você ousou sonhar,

Oh por que? Por que não posso?

Bem eu vejo o verde das árvores e rosas vermelhas também,

Eu as assistirei florecer para mim e para você.

E eu penso: que mundo maravilhoso!

Bem eu vejo o azul do céu, vejo o branco das nuvens e o brilho do dia

Também gosto da escuridão, e penso: que mundo maravilhoso!

As cores do arco-íris tão belas no céu também estão nos rostos das pessoas que passam

Eu vejo amigos apertando as mãos e dizendo: como vai?

Eles, na verdade, estão dizendo: eu, eu te amo

Eu ouço bebês chorarem e os assisto crescer,

Eles aprenderão muito mais do que jamais saberemos

E eu penso: que mundo maravilhoso!

Um dia farei um desejo à uma estrela, de acordar onde as nuvens ficaram para trás onde os problemas se derretem como gotas de limão

Bem acima das pontas das chaminés é onde me encontrará

Em algum lugar sobre o arco-íris, bem no alto

E os sonhos que você ousou sonhar, oh por que não sonhamos também?

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

ESTRANHA LOUCURA


Minha estranha loucura
É tentar te entender e não ser entendida
É ficar com você
Procurando fazer parte da tua vida
Minha estranha loucura
É tentar desculpar o que não tem desculpa
É fazer dos teus erros
Num motivo qualquer a razão da minha culpa
Minha estranha loucura
É correr pros teus braços quando acaba uma briga
Te dar sempre razão
E assumir o papel de culpada bandida
Ver você me humilhar
E eu num canto qualquer dependente total do teu jeito de ser
Minha estranha loucura
É tentar descobrir que o melhor é você
Eu acho que paguei o preço por te amar demais
Enquanto pra você foi tanto fez ou tanto faz
Magoando pouco a pouco
Me perdendo sem saber
E quando eu for embora o que será que vai fazer?
Vai sentir falta de mim
Vai tentar se esconder
Coração vai doer
Evai sentir falta de mim
Alcione

ჱﻶﻉ " A Superstição é Imortal ჱﻶﻉ  


 

  Quando eu era bem menino   

  Tinha fadas no jardim   

  No porão um monstro albino 

    E uma bruxa bem ruim.  

   Cada lâmpada tinha um gênio  

   Que virava ano em milênio  

   E, coisa bem mais perversa,  

   Sapo em rei e vice-versa.   

  Tinha Ciclope,Centauro,    

 Autósito, Hidra e megera,   

  Fênix, Grifo, Minotauro,  

   Magia, pasmo e quimera. 

    Mas aí surgiram no horizonte  

   Além de Custer e seus confederados  

   A tecnologia mastodonte   

  Com tecnologistas bem safados   

  Esses homens da ciência me provaram  

   Que duendes, bruxas e omacéfalos   

  Eram produtos imbecis de meu encéfalo.  

   Nunca existiram e nunca existirão:  

 uma decepção!    

 Mas continuo inocente, acho.   

  Ou burro, bobo, ou borracho.  

   Pois toda noite eu vejo todo dia    

 Tudo que é estranho, raro, ou anomalia:  

   Padres sibilas   

  Hidras estruturalistas   

   Ministros gorilas   

  Avis raras feministas  

   Políticos de duas cabeças  

   Unicórnios marxistas  

   Antropólogas travessas 

    Mactocerontes psicanalistas 

    Cisnes pretos arquitetos   

  Economistas sereias  

   Democratas por decreto  

   E beldades feias    

 Que invadem a minha caverna  

   E me matam de aflição    

 Saindo da lanterna  

   Da televisão.        


  ჱﻶﻉ Millôr Fernandes ჱﻶﻉ

A menina, o pássaro e a flor...


A menina, o pássaro e a flor...

Todos os dias a menina alegre

Passeava correndo no jardim

Atrás do pássaro voador

Que num corrupio sem fim

Dançava só para ela!

E a menina cantava:«

Vem passarinho bonito,

Vem cheirar a tua flor!»

Cantarolava encantada

Pelo rodopiar do amigo.

E a flor abria-se só para eles,

Generosa de cheiros tão bons

Como os da nossa infância...

Era o nariz da menina

E o bico do passarinho

A espirrar de alegria

Numa brincadeira sem fim...

Porque ser criança é assim
E assim deve ser.

Manuela B.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

o Universo


Há 15 bilhões de anos, o céu estava bastante monótono. Tudo acontecia do mesmo jeito desde a eternidade. Os anjos regozijavam entre si, tocando sons harmoniosos em suas harpas. São Francisco pregava para os pássaros, mas estes nada ouviam, pois participavam do coral da banda dos anjos. Enquanto isso, Lúcifer tentava tomar as chaves do céu de São Pedro, que às vezes se exaltava e o derrubava do céu. O Diabo, tinhoso que só ele, sempre voltava. Um dia, Jesus ainda um pré-adolescente foi reclamar a Deus.
- Papai, inventa algo pra gente fazer, não aguento mais!
Deus coçou a longa barba branca, olhou pensativo para o infinito e exigiu:
- “Que se faça o futebol”.
E o futebol se fez. Toda a comunidade celestial foi convidada a assistir ao primeiro jogo. Os anjos e os pássaros se encarregaram da animação, junto com Dona Maria, a chefe de torcida. Os espíritos ocuparam as arquibancadas e Sansão, que durante 20 anos foi juiz no tempo dos Filisteus, apitou a partida. PRIIIIIIIIIIII!!!
- Toca pra mim, filho. Estou na banheira e…
UHUHUHUHU!!!, que falta feia o diabo fez. Houve uma confusão geral, a torcida quis invadir o campo mas foi contida pela guarda celestial. Pressionado, Sansão expulsou o Diabo. Feita a barreira, Deus tomou distância, correu a uma velocidade infinita, chutou e…
KABRUUUUUMMMMMMMMM!!!!!!!!
- Papai, o senhor explodiu a bola!! Vamos ficar mais uma eternidade sem fazer nada? Que saco!!
- Não se preocupe meu filho. Foi uma explosãozinha sem importância. Eu crio outra bola para nós!!
E até hoje o jogo continua, enquanto a bola se expande…



Denisson Carvalho Santos

Florbela Espanca


Eu tenho pena da Lua!
Tanta pena, coitadinha,
Quando tão branca, na rua
A vejo chorar sozinha…
As rosas nas alamedas,
E os lilases cor da neve
Confidenciam de leve
E lembram arfar de sedas
Só a triste, coitadinha…
Tão triste na minha rua
Lá anda a chorar sozinha…
Eu chego então à janela:
E fico a olhar para a lua…
E fico a chorar com ela…

Florbela Espanca

Eu era diferente

Enquanto tudo acontecia
Eu fazia poesia.
Uns jogavam futebol outros tomavam sol.
Uns na orgia, outros na igreja, e eu, ora veja escrevia poesia.
Enquanto uns pregavam a paz e outros diziam "tanto faz" e mais outros viviam qualquer ilusão, eu vivia de inspiração.
Girava o universo, eu tramava mais um verso.
O dia amanhecia, lá vinha poesia.
Perdia o sono na madrugada, ficava triste não, era sinal de inspiração.
Eu era diferente... indiferente ao que eu via naquela gente.
Os conflitos, as paixões as alegrias e desilusões para mim nada valiam.
Só me interessavam as rimas que de mim fluíam.
Uns sonhavam com a riqueza, outros choravam a pobreza e eu amava a beleza da minha única fantasia: escrever poesia.
(Poesia do poeta Carlos Soares)

Janela


Na janela do tempo

Debruço-me no peitoral da solidão fria

E absorvo o néctar da desilusão.

Olho lá fora... A escuridão funesta

Domina agora.

Tudo é sinistro...

Mas é chegada a hora.

Os fantasmas persistem...

Ergo-me mesmo exaurida

E junto - aos poucos -

Os refugos de mim.

Atravesso a janela sombria desvencilho meus medos e o meu olhar se prende nas estrelas da esperança.

Os refugos de mim São elevados pela luz que emana da esperança.

Sinto-me leve e imensamente feliz.



(desconheço autoria)

sexta-feira, 21 de setembro de 2007


"Quero outra vez um par de asas. Mesmo que de papelão."

*******************************************************

A vontade era fugir antecipadamente. A minha existência se resume em vagar por entre a névoa dos espaços....


*******************************************************

(Miguel Falabella)


Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.(Miguel Falabella)

Eu sei e você sabe




Eu sei e você sabe
Já que a vida quis assim
Que nada nesse mundo levará você de mim
Eu sei e você sabe
Que a saudade não existe
E todo grande amorS
ó é grande se for triste
Por isso, meu amor,
Não tenho medo de sofrer
Que todos os caminhos
Me encaminham para você
Assim como o oceano
Só é belo com o luar
Assim como a canção
Só tem razão de se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver sem ter amor
Não é viver
Não há você sem mim
E eu não existo sem você!

Vinícius de Moraes




PS. sei que já postei esse poema antes, deve estar largado em algum lugar do blog, mas por uma razão em especial olha ele aí de novo.. =)


quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Santa impunidade!!


Hoje não vivi,


Hoje não vivi,
Sobrevivi tentando disfarçar,
Esta enorme vontade de chorar.
Haverá alguém capaz de me dizer
O que é que eu tenho de fazer
Para arrancar esta dor do meu peito
E parar de sofrer?
Eu gostava de ver o dia sorrir,
Ver o sol florir,
Eu gostava de não me desiludir.
Mas querer não é poder...
E eu continuo… como sempre a sofrer.
Caí de uma falsa ilusão
E magoei muito o meu coração.
Tentei encontrar uma canção,
Que exprimisse a minha desilusão,
Tentei esconder-me para não me encontrar,
Tentei esquecer-te para não te lembrar
Mas tudo isto foi em vão.
Eu não consigo encontrar solução
Para curar a ferida do meu coração.
Estou cansada de ter o coração a chorar,
Queria tanto fazê-lo parar.
Um sonho é como uma pequena fada,
Bela e mágica.
E a desilusão…
A desilusão é como um maléfico dragão,
Que cospe fogo no meu coração.
* * Ana Pedro * *

Djavan


Você disse que não sabe se não
Mas também não tem certeza que sim
Quer saber?
Quando é assim
Deixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você
Você diz só que vive pensando em mim
Pode ser
Se é assim
Você tem que largar a mão do não
Soltar essa louca, arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora um se...
Eu levo a sério mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em zero a zero e eu quero um a um
Sei lá o que te dá, não quer meu calor
São Jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não.


Djavan

Ausência


Num deserto sem água
Numa noite sem lua
Num país sem nome ou numa terra nua
Por maior que seja o desespero
Nenhuma ausência é mais funda do que a tua.

"Cavalgar as colinas num bom cavalo, com um sonho, buscando o amor, antes do por-do-sol, é o sentido da vida ... e encontrá-lo é o clímax de uma existência."
(Danielle Stell)

Judeu Errante



Hei de seguir eternamente a estrada

Que há tanto tempo venho já seguindo

Sem me importar com a noite que vem vindo

Como uma pavorosa alma penada
Sem fé na redenção, sem crença em nada

Fugitivo que a dor vem perseguindo

Busco eu também a paz onde, sorrindo

Será também minha alma uma alvorada
Onde é ela?

Talvez nem mesmo exista...

Ninguém sabe onde fica...

Certo, dista

Muitas e muitas léguas de caminho...
Não importa.

O que importa é ir em fora

Pela ilusão de procurar a aurora

Sofrendo a dor de caminhar sozinho..


(Vinícius de Moraes)



" Sei o que sou, Sou o que sei."

E como já disseram vários poetas e/ou filósofos:

-"Caminhante o Caminho se faz ao Caminhar..."

(O que significa que o futuro é incerto, mas somos nós quem escolhemos o caminho, e que na vida, o que faz diferença, são as nossas 'escolhas'...

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

imagem


Jason Engle - DreamFall


-Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde, e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz. Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz. Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.