Menina e mulher
Poema de Constança de Almeida Lucas
A poesia é carne e almadentro da língua dos poetasnos desassossegos das idadespequena e imensa de desejosnesta recusa de falar das tristezasassim sou sem disfarce, nesta entregadou o meu sangue ao que acreditonestes delírios de sentir e amarnuma sede imensa que carregonum perpétuo sonho com a poesianuma revelação sem tempo
Nunca aprendi os agrados falsossó tenho o que sou capaz de aprenderas coisas do amor são difíceisno mar que está em mim, correntesondas, algas, areias, peixes, marésmas e eu que insisto em veros verdes, os azuis, as ondasos horizontes em cantospor isso insistem em me dizer meninaNão vêem a mulherque atrai as águas em cantos de paixão,que desenha as secretas vozes de sal eescava corações com imagens e palavras
Guardo um lobo nos meus sonosnão semearei desgostos maioresnas noites de ventosVi sempre as estrelasapoquentada pelos silênciosemudeço a minha vozlogo me deleito com os sonsdo marulhar ao longenesta cidade que me abriga, ondecaminho dentro de mimas memórias jogam entre sidepois de nada me servirá dizermulher menina mulhercada um me inventará
A poesia é carne e almadentro da língua dos poetasnos desassossegos das idadespequena e imensa de desejosnesta recusa de falar das tristezasassim sou sem disfarce, nesta entregadou o meu sangue ao que acreditonestes delírios de sentir e amarnuma sede imensa que carregonum perpétuo sonho com a poesianuma revelação sem tempo
Nunca aprendi os agrados falsossó tenho o que sou capaz de aprenderas coisas do amor são difíceisno mar que está em mim, correntesondas, algas, areias, peixes, marésmas e eu que insisto em veros verdes, os azuis, as ondasos horizontes em cantospor isso insistem em me dizer meninaNão vêem a mulherque atrai as águas em cantos de paixão,que desenha as secretas vozes de sal eescava corações com imagens e palavras
Guardo um lobo nos meus sonosnão semearei desgostos maioresnas noites de ventosVi sempre as estrelasapoquentada pelos silênciosemudeço a minha vozlogo me deleito com os sonsdo marulhar ao longenesta cidade que me abriga, ondecaminho dentro de mimas memórias jogam entre sidepois de nada me servirá dizermulher menina mulhercada um me inventará