terça-feira, 24 de abril de 2007

Menina e mulher


Menina e mulher
Poema de Constança de Almeida Lucas

A poesia é carne e almadentro da língua dos poetasnos desassossegos das idadespequena e imensa de desejosnesta recusa de falar das tristezasassim sou sem disfarce, nesta entregadou o meu sangue ao que acreditonestes delírios de sentir e amarnuma sede imensa que carregonum perpétuo sonho com a poesianuma revelação sem tempo

Nunca aprendi os agrados falsossó tenho o que sou capaz de aprenderas coisas do amor são difíceisno mar que está em mim, correntesondas, algas, areias, peixes, marésmas e eu que insisto em veros verdes, os azuis, as ondasos horizontes em cantospor isso insistem em me dizer meninaNão vêem a mulherque atrai as águas em cantos de paixão,que desenha as secretas vozes de sal eescava corações com imagens e palavras

Guardo um lobo nos meus sonosnão semearei desgostos maioresnas noites de ventosVi sempre as estrelasapoquentada pelos silênciosemudeço a minha vozlogo me deleito com os sonsdo marulhar ao longenesta cidade que me abriga, ondecaminho dentro de mimas memórias jogam entre sidepois de nada me servirá dizermulher menina mulhercada um me inventará

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SE....


Se
Djavan
Você disse que não sabe se não
Mas também não tem certeza que sim
Quer saber?
Quando é assim
Deixa vir do coração
Você sabe que eu só penso em você
Você diz que vive pensando em mim
Pode ser
Se é assim
Você tem que largar a mão do não
Soltar essa louca, arder de paixão
Não há como doer pra decidir
Só dizer sim ou não
Mas você adora um se..
Eu levo a sério mas você disfarça
Você me diz à beça e eu nessa de horror
E me remete ao frio que vem lá do sul
Insiste em zero a zero e eu quero um a um
Sei lá o que te dá, não quer meu calor
São Jorge por favor me empresta o dragão
Mais fácil aprender japonês em braile
Do que você decidir se dá ou não.