
sábado, 2 de junho de 2007
Contemplando o deserto

Contemplando o deserto
Três pessoas que passavam em uma pequena caravana, viram um homem contemplando o entardecer no deserto de Saara do alto de uma montanha.
- Deve ser um pastor que perdeu uma ovelha, e procura saber onde está – disse o primeiro.
- Não, não creio que esteja procurando algo, muito menos na hora do pôr-do-sol, onde a vista fica confusa. Acho que espera um amigo.
- Garanto que é um homem santo, e procura a iluminação, - comentou o terceiro.
Começaram a comentar o que o tal homem fazia, e tanto se empenharam na discussão que quase terminaram brigando. Finalmente, para resolver quem tinha razão, decidiram subir a montanha e ir até o homem.
- O senhor está procurando sua ovelha? – perguntou o primeiro.
- Não, não tenho rebanho.
- Então, com certeza, espera alguém – afirmou o segundo.
- Sou um homem solitário, que vive no deserto – foi a resposta.- Por viver no deserto, e na solidão, devemos acreditar que é um santo, em busca de Deus, e está meditando!
– disse, contente, o terceiro homem.
- Será que tudo na Terra precisa ter uma explicação?
Pois então explico: estou aqui apenas olhando o pôr-do-sol....
- Isso não basta para dar um sentido à nossas vidas?
(Paulo Coelho)
Onze Minutos

Recentemente recebi a visita de uma pessoa, e vi que ela leu ''onze minutos'' de Paulo Coelho...
e de imediato venho á minha lembrança um trecho do livro...
Vou posta-lo aqui, para quem conhecer, possa relembra-lo, e quem nao conhecer possa se sensibilizar com ele... (espero que possam tirar algo de bom desse trecho)
Do diário de Maria, em um dia em que estava menstruada e não podia trabalhar:
Se eu tivesse que contar hoje minha vida para alguém, poderia fazê-lo de tal maneira que iriam me achar uma mulher independente, corajosa e feliz.
Nada disso: estou proibida de mencionar a única palavra que é muito mais importante que os onze minutos - amor.
Durante toda a minha vida, entendi o amor como uma espécie de escravidão consentida.É mentira: a liberdade só existe quando ele está presente. Quem se entrega totalmente, quem se sente livre, ama o máximo.
E quem ama o máximo, sente-se livre.
Por causa disso, apesar de tudo que posso viver, fazer, descobrir, nada tem sentido. Espero que este tempo passe rápido, para que eu possa voltar à busca de mim mesma - encontrando um homem que me entenda, que não me faça sofrer.
Mas que bobagem é essa que estou dizendo? No amor, ninguém pode machucar ninguém; cada um de nós é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso.
Já me senti ferida quando perdi os homens pelos quais me apaixonei. Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém.
Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo, sem possuí-la.
Durante toda a minha vida, entendi o amor como uma espécie de escravidão consentida.É mentira: a liberdade só existe quando ele está presente. Quem se entrega totalmente, quem se sente livre, ama o máximo.
E quem ama o máximo, sente-se livre.
Por causa disso, apesar de tudo que posso viver, fazer, descobrir, nada tem sentido. Espero que este tempo passe rápido, para que eu possa voltar à busca de mim mesma - encontrando um homem que me entenda, que não me faça sofrer.
Mas que bobagem é essa que estou dizendo? No amor, ninguém pode machucar ninguém; cada um de nós é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso.
Já me senti ferida quando perdi os homens pelos quais me apaixonei. Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém.
Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo, sem possuí-la.
Assinar:
Postagens (Atom)