Era uma vez uma princesa, em tudo igual às outras princesas dos contos... ...acreditava desde menina que as pessoas nasciam já casadas e que, por isso, reconheceria de imediato o dono do seu coração quando o encontrasse.
Cresceu e conheceu um rapaz lindo...era o seu príncipe...tinha a certeza! Leu tudo sobre almas gémeas, karmas, dharmas, vidas passadas...tudo lhe servia para confirmar que ia ter, só para ela, um daqueles finais felizes - em tudo igual às outras princesas dos contos.
O final feliz não aconteceu.
Num dia triste de chuva, separarou-se dele...nunca percebeu bem porque o fez; não percebeu que o que fez, nunca ía ter volta... nenhum rio passa duas vezes por baixo da mesma ponte...
(E pronto, esta é aquela parte da história em que a princesa continua a vida...diverte-se muito, conhece muita gente, muitos rapazes giros, descobre muitas almas gémeas, mas, nunca deixa de acreditar que as pessoas nascem casadas...e nunca deixa de pensar que pode ter deixado o seu "prometido" antes do tempo) ....
De repente, a princesa - que se fechava na torre mais alta todas as noites - começou a encontrar cartas debaixo da almofada...cartas que não sabia de quem eram mas que lhe faziam bater o coraçãozinho de uma maneira especial...de uma forma que nenhum dos rapazes que conheceu até aí conseguiu. Sabia que era pela diferença, pelo mistério, pelo desconhecido e não acreditava em filosofias e amores platónicos - ela era mais fisica e quimica - mas não conseguia deixar de ouvir o coraçãozinho a bater...
...E agora a princesa está cheia de vontade de deixar a torre e sentar-se à porta dos correios e sair de lá apenas quando lhe revelarem quem é o remetente das cartas que a apaixonaram...
(autor desconhecido)
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