terça-feira, 19 de junho de 2007

Castelã da Tristeza

Altiva e couraçada de desdém
Vivo sozinha em meu castelo...
A dor passa por ele a luz de todo o amor...
E nunca em meu castelo entrou alguém...
Castelã da Tristeza, vês?... A quem?
- E o meu olhar é interrogador perscruto, ao longe, as sombras do sol-pôr ...
Chora o silêncio, nada, ninguém vem...
Castelã da Tristeza, porque choras lendo, toda de branco, um livro de horas sombra rendilhada dos vitrais? A noite, debruçada, pelas ameias, porque rezas baixinho?
Porque anseias? Que sonho afagam tuas mãos reais?
Flor Bela Espanca

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