O teu rosto querido, o teu sorriso amado
São os mesmos do passado,
E às vezes brilha o sol em ti
E as tuas palavras surgem como sempre as ouvi
Mas logo se apagam as velas iluminadas
E da tua boca emergem milagres e espadas
Onde fantasmas discutem vagamente
E onde mortos vêm ao presente:
É Alzheimer, o poeta doente.
O teu cérebro enrola linhas de um novelo passado
E o relógio que bate na tua mente
Tem o ponteiro dos anos parado
Como se quisesse fugir a um feio presente
Sem saber, Alzheimer sonha, inventa e mente...
Os fios trocados da tua cabeça tecem novelas
E como um poeta tonto, criam bagatelas.
Mas não é a vida feita de memórias
E de fios presos a um mundo infantil
E de imagens fugidias de um mundo pueril?
Sim. Alzheimer é apenas um contador de histórias.
Oh! E se é assim, não faz mal, não faz mal…
O que é a vida senão um rol de ilusões?
E para quê valorizar a lógica num mundo de aberrações?
Deixa a tua mente conosco brincar.
E não mais estar presa aos fios do tempo e do pensar.
Sim.
Não faz mal, não faz mal…
E no entanto como me doem e fazem me chorar...
Os teus poemas sem céus de água azul...
Os teus dias sem patos traçando linhas de alegria rumo ao sul...
As tuas histórias sem pombas nem deuses imortais a pairar...
O teu relógio sem horas grandiosas por soar.
E o relógio que bate na tua mente
Tem o ponteiro dos anos parado
Como se quisesse fugir a um feio presente
Sem saber, Alzheimer sonha, inventa e mente...
Os fios trocados da tua cabeça tecem novelas
E como um poeta tonto, criam bagatelas.
Mas não é a vida feita de memórias
E de fios presos a um mundo infantil
E de imagens fugidias de um mundo pueril?
Sim. Alzheimer é apenas um contador de histórias.
Oh! E se é assim, não faz mal, não faz mal…
O que é a vida senão um rol de ilusões?
E para quê valorizar a lógica num mundo de aberrações?
Deixa a tua mente conosco brincar.
E não mais estar presa aos fios do tempo e do pensar.
Sim.
Não faz mal, não faz mal…
E no entanto como me doem e fazem me chorar...
Os teus poemas sem céus de água azul...
Os teus dias sem patos traçando linhas de alegria rumo ao sul...
As tuas histórias sem pombas nem deuses imortais a pairar...
O teu relógio sem horas grandiosas por soar.
E. Reisinho
2 comentários:
Eu quero que você saiba que eu sempre estarei com você
Agora e sempre
Oi Aninha;
Gostei muito do seu poema.
Achei fantástico.
Tambem escrevo poema e tenho um especialmente para o meu avô.
O seu me tocou profundamente.
Mais uma vez, parabéns...
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