“...Quero a música rara, o som doce e choroso da flauta...”
E o mar gentilmente entregou a ele uma carta-convite. A garrafa viajou por sob ondas e ondas até chegar aos pés de seu destinatário. Já nos primeiros versos, ele foi tomado pela voz remota daquela que, num passado longínquo, lhe sussurrara todo amor e docilidade cabíveis na pedra mais alta. O rosto da remetente vinha-lhe à mente como o apagar-e-acender de um vaga-lume na escuridão. O olhar do destinatário bípede se fez saudoso no mergulhar das rimas desenhadas pela remetente, de olhar cerúleo e escama alva. O amor, até então retido no poço fundo de seu coração, veio à tona. E o mar gentilmente levou até ela a canção-resposta.
“...Quero você inteira e minha metade de volta...”
Nenhum comentário:
Postar um comentário