fazer tua sanidade morar em minhas loucuras,
quando me diz para ainda molhada, andar nua pela casa,
para que teus olhos me fitem, para que tua gula me devore e tu,
calado e inerte, sonha com teus olhos abertos.
Quero morar afoita em teus pulsos e ser a razão de tua inspiração,
em tua boca ser dissolvida, em tua gula e em tua força não ter saída,
morrer aos poucos..sendo tua.
Quero ser a ira em seu tapa, quero que tua língua me reconheça, quero que seu corpo ao meu amanheça e adormeça, sem oração.
Perdida em ti.. com olhar em outono,
Saio de teus dedos como um carinho perdido.
Tecerei a ilusão como uma aranha que em seu ninho espera faminta por sua presa que não vem. Tecerei a ilusão em beijá-lo em provar da tua saliva em centelhas, sem saber o cheiro da sua cama, o calor do seu corpo.
Tecerei o ar! O vácuo! E tu guarda em memória, que te toma e te deixa o espartilho que usei e você gostou.
E que tua língua seja o rio que em meu decote misturado ao suor, evaporou!
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