sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Muralhas...


As pessoas constroem muros em vez de pontes porque já foram magoadas, rejeitadas, desiludidas, desencantadas ou traídas, porque já lhes mentiram ou se aproveitaram da sua ingenuidade, porque lhes levaram quase tudo: os dedos e os anéis, como na canção do Paulo Gonzo, e quase tudo foi demais....
As pessoas reagem com o fogo do dragão à dor ou como animal ferido que lambe as suas cicatrizes, recolhido na sua toca.
As pessoas choram, gritam, partem tudo ou simplesmente emudecem e ficam vazias.
Construir muros torna-se imprescindível para a sobrevivência.
É preferível permanecerem isoladas que abrir uma porta e arriscar a sofrer de novo.
Há pessoas que não constroem um só muro, mas grandes muralhas espessas.
Há pessoas que preferem muros de palha e quando vem o vento, esquecem as mágoas.
Um dia, uma janela esquecida é abertura para o muro deixar de fazer sentido.
Nesse dia, chega um novo amor para ajudar a cicatrizar o que o tempo não conseguiu.

Um comentário:

Marcos Seiter disse...

Oi,guria!

O amor já está dentro de ti,porém vai chegar em ti um outro "amor" para te invocar e te ajudar a desmanchar o próprio muro que contruíste. Eu, tenho um muro gigante em mim,maior que o de Berlim,mas estou conseguindo desmanchá-lo aos poucos com humildade e reconhecimento pelas coisas que aconteceram comigo e que acontecem. Enfim estou voltando a viver.

Bjos e bom finde!

Marcos Ster