sexta-feira, 27 de julho de 2007


Não... não me diga palavras doces, elas não expressam o que você sente...
Não me olhe com desalento, não reflete o que desejo ver... Não!
Não me peça perdão. Estava desde sempre aberta a porta por onde você entrou. No futuro... essa mesma porta será para mim uma vaga recordação de sua despedida.
Não diga adeus; quero ficar com as súplicas e gestos inúteis, porém inesquecíveis... Me restam lembranças do início, delícias do meio e um nebuloso fim.
Não, não me faça dissipar tão rápido esta névoa, me permita estender a ilusão até onde eu puder...
Quando o choro cessar, o coração desanuviar; vou submergir das águas estagnadas.
Por um tempo serei gelo, depois degelo, e sendo água vou me espalhar...
Serei elemento do que você foi pra mim... o oceano que me acolheu enquanto apenas a lua me abraçava.
Quando você chegou era a lua e eu...

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