Ó alma doce e triste e palpitante !
Que cítaras soluçam solitárias
Pelas regiões longínquas, visionárias
Do teu Sonho secreto e fascinante !
Quantas zonas de luz purificante,
Quantos silêncios, quantas sombras várias
De esferas imortais, imaginárias,
Falam contigo, ó Alma cativante !
Que chama acende os teus faróis noturnos
E veste os teus mistérios taciturnos
Dos esplendores do arco de aliança ?
Por que és assim, melancolicamente,
Como um arcanjo infante, adolescente,
Esquecido nos vales da esperança ?!
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