Silencio que tocas baixinho a melodia de uma saudade, embala meu coração nas batidas ritmadas dos sorrisos que se perderam …
Canta no vazio de que és feito e traz de volta o eco das palavras de uma canção…
Faz meu coração bailar ao som das rimas que o tempo tocou em seus minutos e que o vento murmurou baixinho…
Silencio que vestes a alma de solidão sentida, grita nos raios de sol, as palavras que me aqueceram e que se fizeram quadras de um poema…
Palavras que se mostraram nos gestos prometidos e pintaram cada bocadinho de pele com o sonho de uma carícia terna, suave…
Grita Silencio para que eu possa de novo chorar a ausência em cada lágrima que provocas… Grita bem alto e tinge de verde esperança este meu coração que bate com a força de um sentimento que ficou suspenso no tempo…
Esperando por algo que ainda não sei o que é, mas que sinto a cada compasso…
Anda silencio, companhia constante de meu viver…
Vem comigo e ouve com atenção aquilo que te diz o coração. Escuta na minha voz as palavras que a alma desenha nas folhas brancas e leve-as contigo…
Vai… Deixa-me… Liberta-me deste vazio onde me prendes e trás na volta, a certeza de um amanhecer cheio de melodias e de sorrisos…
Procura em outras almas, o mesmo sentido que tu me dedicas e enche-as com o som de minha voz…
Talvez assim, amigo Silencio, meu coração encontre o sorriso que o vai fazer bater o compasso certo de uma melodia de amor…
E nesse ritmo tanto desejado, tu sejas apenas o título de meu poema… Silencio!
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