quinta-feira, 10 de maio de 2007

Florbela, Não Me Espanca! --


Ajuda-me, Florbela, o coração,
Quando teus versos leio, mergulhada no mais profundo abismo do teu nada,
Na tua angustiosa solidão.
Ajuda-me, Florbela eternizada
Em cada nota da tua vã canção.
Que eu não me atreva a por explicação
No que escrevias quando ensimesmada!
Ajuda-me, Florbela, a ler no escuro
Dos teus sonetos o clamor mais puro,
Que me arrepia a pele e que me encanta.
Perdoa-me, Florbela, incomodar-te ...
Quando eu pranteio sobre essa tua arte
Tira-me a dor, Florbela ... Não Me Espanca !
(Silvia Schmidt)

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