sábado, 7 de abril de 2007




DESABAFO

E então, eu me jogaria

Do parapeito de uma janela qualquer.

Usando toda a coragem que eu não possuo

Pelos motivos que eu nem mesmo sei.

Morreria em nome dessa mentira suja

Que me come, me mastiga.

Dessa ironia pura que me acorda todos os dias

Com um enorme sorriso no rosto.

Faz-me levantar como um boneco de caixa de riso,

Atônito, confuso, mas alegre, sem saber por que.

Viva! Viva a loucura que me mantém perdido,

Ignorante e burro.

A loucura que me move,

Me fere e empurra.

A doce loucura que me mantém vivo.

Insatisfeito!

Mas com a eterna esperança

De que tudo vá dar certo.

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